Porque me custa vê-los crescer tão depressa. Não tenho urgência nenhuma em que o tempo passe. Tenho um gozo enorme em aproveitar cada minuto dos meus filhos, apesar das más noites, do cansaço e dos trabalhos acumulados. Quando, hoje a minha amiga me disse que, daqui a poucos anos, o Guga já não me vai acordar de manhã, eu juro que soltei eu "ai não digas isso, deixe-o lá continuar assim durante muito tempo".
Olho para o Jomi e custa-me perceber que ele já é um pré-adolescente e não o meu menino. Faz-me confusão conseguir já adivinhar as suas feições em adulto, aparece-me urticária quando - semana após semana - vejo que as suas roupas do mês passado já não lhe servem. O tempo passa rápido demais.
Que ninguém me lembre mais que, o meu bebé já fez três anos. Não pode ser. Ainda "ontem" ele nascia ratinho, tão pequenino que o encaixava no meu braço. Não é possível que o meu Guga apressado agora vá ter com o pai e pergunte "Oh pai, a mãe? On tá?" ou então "Tás doente, mãe? Tens de ir ao ménico!". Não é possível que o meu Guga já tenha atitudes de menino crescido.
Ontem fomos almoçar fora com os nossos filhotes e, de repente, a Sofi acenou para a mesa do lado e disse-me: "estás a ver aquela senhora, mãe? Qualquer dia estás assim! " ( always funny!!). Mas é a realidade. Por vezes, sinto que basta um pestanejar de olhos para que eu esteja com a cara toda enrugada e com os filhos fora de casa.
E por mais que eu saiba que a vida é assim mesmo, um pestanejar de olhos, e por mais que eu me intensifique por aproveitar ao máximo todos os segundos, reconheço que sinto uma saudade estúpida pelo que ainda nem sequer passou. Por isso, a decisão está tomada. Vou pôr um 'pause' no relógio da minha vida (e ai de quem me lembre novamente que os meu puto já fez anos há uma semana!)!
(Imagem tirada da net)
sinto-me: anticipando as saudades