Bem Amiga. Tal como pedes, aqui fica, o teu pedido satisfeito.
Mas vou-te dizer a minha opinião.
Por vezes sinto vergonha do meu País. De ter deixado que as coisas chegassem a este ponto, sim…porque somos todos, mas todos, sem excepção culpados deste estado de coisas. As pessoas acomodam-se, não reclamam, não reincidiram, não votam, não criticam, não pedem contas, não pedem explicações e depois assistimos a que o Juiz alegue que os laços maternais deveriam prevalecer, para tomar essa decisão. Assim deduz-se que uma menina de 6 anos foi tratada como se de um objecto ou imóvel se tratasse, sendo entregue à mãe que a tinha abandonado anteriormente, a quem tinha sido retirada por maus-tratos, como se a criança fosse dela por direito. Interessante forma de ver Como se trata uma criança…barbaridades.
Vi nas imagens televisivas a forma como a mãe a trata na Rússia, argumentando, passo a relatar «mas que raio de educação foi esta que lhe deram?». Alguém é capaz de explicar a essa “senhora”, pois eu não sei falar Russo, que o problema não está na educação (e carinho) que lhe deram mas sim na educação (e carinho) que ela não sabe dar-lhe, o problema é que ela não sabe lidar com a filha! Para quem não acompanhou o caso, em causa estão duas decisões judiciais contrárias. O Tribunal de Barcelos considerou que a mãe não tinha condições para educar a menor que chegou mesmo a apresentar-se alcoolizada em sessões no tribunal. Já o Tribunal da Relação de Guimarães considerou que os laços mais biológicos deviam prevalecer, obrigando a entrega da menor à mãe alcoólica… perdão, biológica. Não sou contra a magistratura, há os competentes e os incompetentes, há os sensíveis e os empedernidos, e para além de tudo, estão de alguma forma, presos a certos princípios de julgamento, como os relatórios das assistentes sociais e o favorecimento dos pais biológicos, e mais que tudo, os milhares de processo que têm para resolver.
O estado da nossa justiça é aflitivo, em contrapartida, ainda vamos pagar com o dinheirinho dos nossos impostos a "certos senhores", cujo julgamento anda pelas alegações finais, e vamo-nos deparar com uma absolvição a toda a linha.
Assim anda a justiça neste País, e nós a revoltarmo-nos e a nada fazer. Embora atrasados aqui vão os links. Para quem for curioso e goste de saber o que se passa
QUEM SE ACHA NO DIREITO DE PROCEDER PARA COM AS CRIANÇAS, DE TAL FORMA, QUE AS FAÇA CHORAR DESTA MANEIRA?
sinto-me:
Muito zangada.
