Há uns anos eu responderia logo “claro que sim!”.
Porque é fantástico ver irmãos que se entendem, que realizam o papel da família, que continuam o amor dos pais.
Mas, há algum tempo, li (não sei onde) a explicação de uma mãe que se tinha convencido de que os seus filhos nunca iriam gostar um do outro. Dizia ela que “finalmente tinha percebido que os irmãos são, antes de mais, indivíduos - e que isso implica a escolha natural de quem se gosta ou não.”
Por vezes questiono-me se os meus filhos vão ser amigos pela vida fora. Não sei. O Guga ainda é muito pequeno, e com a diferença de idade dos manos, é demasiado protegido pelos dois. O Jomi gosta sinceramente dos dois manos. A Sofi adora o irmão bebé, mas é clara o entrave que ela coloca em relação ao irmão do meio.
Toda a gente nos diz que a demonstração fixa de desdém e de reprovação que a Sofi faz sobre o Jomi se deve à sombra que este lhe faz. Os 22 meses que eles têm de diferença fazem com que o Jomi, ainda assim, não consiga “descolar-se” do “menino-mais-pequeno-mas-que-é-quase-uma-cópia-da-mana”. Tudo o que a Sofi faz /tem, passado pouco tempo é também adquirido pelo irmão: os pulos na personalidade, o desenvolvimento cognitivo, a capacidade de interacção.
Parece, então, que a Sofi anda num empenho formidável para se distinguir em relação ao Jomi. “Tu não fazes nada de jeito”, “tu não sabes o que eu sei”, “tu és um anormal, nem a mesa sabes pôr!”! E, por maior que seja as nossas tentativas para a elogiarmos, a ela e às suas aprendizagens, parece que este é um caminho rijo de atravessar.
(Assim como é duro gerir a tristeza do Jomi quando a irmã é mais fria com ele. “A Sofi nem um beijo deixa eu dar-lhe...”)
Espero francamente que este desaguisado ceda lugar a uma paz de espírito entre eles. Espero que aqueles momentos diários em que eles se dão mesmo bem sejam mais duráveis.
Mas, há algum tempo, li (não sei onde) a explicação de uma mãe que se tinha convencido de que os seus filhos nunca iriam gostar um do outro. Dizia ela que “finalmente tinha percebido que os irmãos são, antes de mais, indivíduos - e que isso implica a escolha natural de quem se gosta ou não.”
Por vezes questiono-me se os meus filhos vão ser amigos pela vida fora. Não sei. O Guga ainda é muito pequeno, e com a diferença de idade dos manos, é demasiado protegido pelos dois. O Jomi gosta sinceramente dos dois manos. A Sofi adora o irmão bebé, mas é clara o entrave que ela coloca em relação ao irmão do meio.
Toda a gente nos diz que a demonstração fixa de desdém e de reprovação que a Sofi faz sobre o Jomi se deve à sombra que este lhe faz. Os 22 meses que eles têm de diferença fazem com que o Jomi, ainda assim, não consiga “descolar-se” do “menino-mais-pequeno-mas-que-é-quase-uma-cópia-da-mana”. Tudo o que a Sofi faz /tem, passado pouco tempo é também adquirido pelo irmão: os pulos na personalidade, o desenvolvimento cognitivo, a capacidade de interacção.
Parece, então, que a Sofi anda num empenho formidável para se distinguir em relação ao Jomi. “Tu não fazes nada de jeito”, “tu não sabes o que eu sei”, “tu és um anormal, nem a mesa sabes pôr!”! E, por maior que seja as nossas tentativas para a elogiarmos, a ela e às suas aprendizagens, parece que este é um caminho rijo de atravessar.
(Assim como é duro gerir a tristeza do Jomi quando a irmã é mais fria com ele. “A Sofi nem um beijo deixa eu dar-lhe...”)
Espero francamente que este desaguisado ceda lugar a uma paz de espírito entre eles. Espero que aqueles momentos diários em que eles se dão mesmo bem sejam mais duráveis.
Mas lembro-me muitas vezes das palavras daquela mãe. “Os irmãos não têm de gostar uns dos outros.” Pois não...
sinto-me:
sei lá eu...
