Bem vindos ao meu blog! Aqui conto histórias adocicadas de mãe do Guga do Jomi e da Sofi Relato histórias de uma mãe babada/galinha como todas as outras, rendida a uma dedicação total aos 4, pois o pappy tambem conta!

15
Mai 08

 

A nossa VIDA é única.

 

 

E procurar o equilíbrio entre “vida pessoal” e “vida profissional” é uma tarefa difícil e que exige muito  esforço e disciplina. Mas cabe a cada um de nós considerar, e escolher, até onde vale a pena beneficiar uma em detrimento da outra.

E perguntam voces ,porque estou eu a divagar sobre isto?

Bem é que ontem ,mais um colega meu, ainda jovem, de profissão "tombou" para o lado trabalhando. Foi para a sala de emergência, foi reanimado e assim ficou ,ligado a uma maquina,para o manter vivo. A situação não está muito famosa. E eu penso, tanta correria, tanto trabalhar para ganhar mais um pouco, tanto stress ,para quê?

Infelizmente não existem respostas rápidas.

Como cada ser é único,e cabe a cada um verificar quais são os seus limites e até onde ponderar os aspectos pessoais e profissionais. Mas deviamos pensar:

Se eu morrer amanhã, a empresa também morrerá?

Não, ninguém é insubstituível. Então, não queiramos ser os super-heróis. A nossa  saúde física e mental merece a nossa  atenção.

E assim termino com este poema que para mim define o meu conceito viver:

 

 

 

"Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.
Sonha com aquilo que tu quiseres. Vai para onde queres ir.
Sê o que quiseres ser, porque possuis apenas uma vida e nela só tens uma oportunidade de fazer aquilo que queres.
Tem a felicidade necessária para fazê-la doce,
Dificuldades para fazê-la forte,
Tristeza para fazê-la humana,
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das ocasiões que aparecem no caminho.
A felicidade aparece para aqueles que choram,
Para aqueles que agridem,
Para aqueles que procuram e arriscam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam pelas suas vidas.
O futuro mais cintilante é assente num passado intensamente vivido.
Só se terá sucesso na vida quando se perdoa os erros e as desilusões do passado.
A vida é curta, mas os sentimentos que podemos deixar duram uma eternidade.
A vida não é de brincar, porque em pleno dia se morre."
 
                                                                                                              
                                                                                                                                         Clarice Lispector

 

publicado por guguinha às 18:38
sinto-me: Pensativa sobre Vida

Palavras sensatas e muito verdadeiras! Se não cuidarmos de nós, mais tarde ou mais cedo podemos vir a arrepender-nos!
Beijinho
daplanicie a 15 de Maio de 2008 às 21:49

Pois é amiga, mas quando se é jovem ,não se pensa, quer-se é comprar casa, e quanto mais cara melhor. Trabalhar ,em 1, 2 ou mesmo 3 empregos. é só correria. depois acontecem estas desgraças, tão novo, quase 10 anos mais novo do que eu...
Ainda bem que optei sempre pela minha familia em 1º lugar, nunca quis ter 2 empregos, não é que ainda hoje não me ofereçam, mas prezo os meus filhos e o C. ,que também troca os turnos quase todos.Beijinhos, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 00:07

Pois é amiga, mas quando se é jovem ,não se pensa, quer-se é comprar casa, e quanto mais cara melhor. Trabalhar ,em 1, 2 ou mesmo 3 empregos. é só correria. depois acontecem estas desgraças, tão novo, quase 10 anos mais novo do que eu...
Ainda bem que optei sempre pela minha familia em 1º lugar, nunca quis ter 2 empregos, não é que ainda hoje não me ofereçam, mas prezo os meus filhos e o C. ,que também troca os turnos quase todos.Beijinhos, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 00:07

Amiga podes crer!!!
Não vale a pena tanta correria, porque um dia ainda nos pode acontecer o mesmo.
Ninguem é insubstituivel, nós é que às vezes pensamos que sim...
O verdadeiro desafio continua a ser separar o essencial do acessório.
Um beijinhos grande
Migas a 15 de Maio de 2008 às 23:57

Tens razão ,nem sempre é fácil conseguir separar, acabam por estar interligadas. Beijinhos, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 17:01

Pois... E é tudo bem verdadeiro... Ganhei perfeita consciência disso quando a minha avó (que já faleceu) adoeceu e precisava de acompanhamento nas consultas e sessões de quimioterapia. No início, o meu director não dizia nada, depois via bem que estava a ficar farto e era apenas sair mais cedo uma vez por outra... a meio, houve uma altura, que me sentia incomodada mas depois pensei sobre o assunto e fiz essa pergunta a mim mesmo: "O que é mais importante? O trabalho ou a avó que te criou?"... E a resposta foi natural e fácil.
acho que isto também se deve a um vício, a um hábito de seguir um ritmo e nem sempre nos apercebemos de que já ultrapassou as barreiras do saudável, porque quando andamos "rápido" ninguém te vai agradecer e depois ainda se vai é aborrecer se te cansas ou vais abaixo, uma espécie de "mal habituado". É a pressão da carreira de sucesso, o que na maioria dos casos é até uma utopia...

Beijos
Lua de Sol a 16 de Maio de 2008 às 00:04

Sim, o que é dificil, para a maior parte do pessoal. trazemos sempre algum trabalho para casa. No final, temos as ditas medalhas de cortiça, pode ser que sirva de lição para muitos colegas.Beijinho, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 00:10

O Martim perdeu o avô dele ontem..mais uma vida..

É tão triste.

Beijo
Constança a 16 de Maio de 2008 às 00:17

Oh, amiga sinto muito pela vossa perda. Custa sempre muito perdermos um ente querido. Mas de certeza que lá no local onde ele se encontra agora vai velar por voces, e pelo bem estar do Guilherme, Beijinho grande para todos, em especial para o Martim, que deve estar muito triste, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 17:40

Olá amiga.
Não me podia ir embora, sem deixar aqui o que penso;
Até há bem pouco tempo, eu tb julgava ser uma super-mulher, capaz de aguentar com todas as responsabilidades, fossem elas qual fossem: casa, marido, filhas, trabalho e ainda um serviço ´de voluntariado ao fim de semana. Entrei em esgotamento nervoso. Após alguns tratamentos, sinto-me bem melhor e aprendi que posso continuar a ser "super-mulher", mas sem exigir tanto de mim mesma. Aprendi a descontraír, a não ser tão exigente comigo mesma e a delegar responsabilidades nos outros também. Nós não somos de ferro e se não nos cuidarmos, também ninguém cuida de nós.

Beijinhos.
Júlia a 16 de Maio de 2008 às 13:26

sabes, tem de se fazer as coisas sem chegar a exaustão. As maquinas, quando se puxa muito por elas, explodem, queimam e deixam de funcionar. O nosso corpo vai começando a dar alertas ,que muitas vezes não valorizamos.
Por isso temos de ir com calma, e quando nos sentirmos cansadas,fazer uma pausa e pensar um pouco o que desejamos da nossa vida, podemos fazer tudo o que desejamos com conta regra e medida. Beijinhos, guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 17:36

Depois de ter lido o post e os comentários , praticamente ficou já tudo dito.
Nem consigo imaginar a situação, deve ter sido difícil ver um colega assim e ter que lhe prestar assistência.
Normalmente, as pessoas que passam por situações destas repensam a vida e as prioridades mudam radicalmente. Espero que seja o caso dele, que melhore rapidamente e que a vida lhe sorria.
O meu lema é muito simples Viver cada dia como o último, sem stress, mesmo que as coisas não corram como desejamos, amanhã será outro dia e quem sabe melhor...
maria mendonça a 16 de Maio de 2008 às 13:54

Sabes, graças a Deus, já recuperou a consciência, e está aparentemente bem,mas o prognóstico não é nada bom, suspeitam de um tumor cerebral... Coitado.É muito jovem. Mas a vida é assim. Beijinhos, Guguinha
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 17:31

Eu concordo com o que escrevestes, mas dai a aplicar isso na practica vai uma grande distancia.
Não por ter 2 ou 3 empregos, porque apenas tenho um ( e chega!!) a minha vida é uma correria, entre as responsabilidades do emprego, de dona de casa e de mãe pouco tempo ( ou nenhum) sobra mim!
Eu tenho consciencia que testo o meu limite até á exaustão e qualquer dia caio para o lado, mas até lá vou continuar nesta minha luta diária de me desdobrar para chegar a todo lado!
Para conseguir tempo para mim, para descansar, para conversar, enfim para aproveitar um pouco melhor esta vida miserável o meu dia teria de ter pelo menos 36h, o que é impossivel.
E toma atenção que isto tudo não é por bens materiais para ter um bom carro ou uma casa do mais caro que há é apenas para pelo menos dar uma vida um pouco melhor que a minha á minha filha!!
Beijinhos
maedasara a 16 de Maio de 2008 às 16:37

Não pretendo ofender ninguem, com as minhas palavras, muito menos a ti,por quem sinto muito carinho, falo por conhecimento de causa.Tinha uma colega, que sempre acumulou a tempo inteiro em dois hospitais, fazia turnos a dobrar, 1º era para educar os filhos, estes cresceram, tinha montes de problemas de sáude, mas só depois de acabar de construir a casa que tinha iniciado,mudou de casa,e um dia em vez de acordar... O marido ainda a trouxe para a urgência,eramos nós que estavamos de serviço, foi muito doloroso ,vê-la ali na sala de emergência, tentou-se tudo mas nada.
Eu sei que queremos dar o melhor aos nossos filhos o C. tambem fez um horário mais meio, e eu antes de engravidar também o fiz. Eu sei que o que ganhamos mal chega até ao fim do mes, que é preciso muita ginástica ,para não faltar nada aos meus filhos nem cá em casa. Mas tambem tenho colegas que trabalham, trabalham, compram casas, que só um ordenado não chega para pagar.Se não fossem ajudas externas não conseguiam sobreviver até ao final do mês.
A minha cunhada é médica deixou o trabalho de intensivista na urgencia porque não tinha tempo para a familia.
Não falo por ti, nem por ninguém em especial, só que se acontece uma tragédia destas ,se morrermos,se ficarmos presos a uma cama, se ficarmos dependentes de alguém, será que os nossos filhos nos vão agradecer por isso?
O meu dia dia também não tem 24 horas todos os dias tem mais algumas, e ás vezes sinto bem no corpo as consequencias desses extremos .Beijinhos, Guguinha

Olha linda, percebeste mal as minhas palavras, eu não me senti ofendida pals tuas palavras, apenas quis dizer que embora tivesses razão eu não consigo agir dessa forma!
Eu também sinto na pele a correria que é a minha vida, e também sei que mais cedo ou mais tarde vou pagar muito caro por isso, tanto mais que só eu é que sei como muitas vezes venho trabalhar!!
Se eu te disser que desde que tive a minha filha nunca mais fui ao médico dizes-me que sou louca, eu sei! Mas ou vou com a Sara, ou vou eu, as duas está fora de questão! Infelizmente tenho faltado imenso ao trabalho por doença do meu pai, da minha sogra, do meu sogro, da Sara.....mas nunca por mim.
Foi isto que te quis dizer que me deixo ficar para trás que exijo demasiado de mim porque tenho quem dependa disso...........
Beijinhos


Ps: Eu também sinto uma grande empatia e carinho por ti e se alguma vez me sentir ofendida ou magoada por ti podes ter a certeza que te digo com clareza e nunca por meias palavras
maedasara a 16 de Maio de 2008 às 18:10

Bem se qeres saber, também não vou a médico desde a revisão dos 6 meses que tive o Guga, levo o Guga ao pediatra, porque acho qe se eles existem é porqe são necessarios, e estão mais despertos para determinadas situações dos "piqenos" que um de clinica geral. Mas levo m de cada vez ,caso contrario deixava lá parte do ordenado, eh,eh. A vida está dificil para todos, e cada vez mais. A insegurança é muita. Mas o facto de ter visto o sofrimento de tantas mães doentes,´só de as ouvir falar do medo que tinham ,não de morrer, mas de deixar os filhos peqenos e não saber se qem viesse iria tomar bem conta e ser bom para os filhos, fez-me passar a ver a vida de outra forma. Pessoas qqe trabalhavam para terem o melhr para a familia e de m momento para o outro vinham tudo desmoronar como um castelo de areia... Prezo todos, sei que se esforçam para terem o melhor para todos em casa.
Eu sei que quando ficares chateada dizes, se não me engano ainda te chamas C, não é? Por isso sei como são as C. Beijinhos, Guguinha ( C)
guguinha a 16 de Maio de 2008 às 21:22

Olá Guguinha

Desculpa não te ter dito nada nem 5ª nem 6ª... estivemos com auditorias.
Sabes, ainda estou a limpar as lágrimas que desataram a correr quando comecei a ler o teu post.
Tu sabes o porquê e sabes que realmente me revi na pele do teu colega, o qual eu espero que recupere a saúde o mais rapidamente possível, seja ele qual fôr o motivo que o fez... parar.

O stress... por mais que uma pessoa desespere, por mais stressada que fique por não ter "tempo" para fazer tudo o que precisa, por mais que se enerve pelas injustiças a que é sujeita, ao desânimo por falta de reconhecimento do seu trabalho, à tristeza que é sentir a impotência de ajudar alguém... por tudo isso e seja lá que mais fôr... no momento em que toma consciência que se vai morrer valoriza-se acima de tudo o respirar (literalmente) nem que seja só por mais um minuto... e o resto, todas as nossas aflições deixam de ser importantes.

Abraço em ti
Beijinho grande
Café com Natas a 17 de Maio de 2008 às 15:00

E igualmente, me desculpo. O meu colega está de compensação de horas desde 4ª feira, por esse motivo fiquei sozinha. Não deu tempo para nada.
Ao ler o teu comentário, fiquei muito comovida. É verdade o qe dizes, só quando sentimos na pele é que damos valor as coisas. Por esse motivo, é que desde que trabalhei no hospital de dia de Quimioterapia, passei a dar mais valor a todas as peqenas coisas da vida, e a viver cada dia como se fosse o último, nunca se sabe a hora , o minuto seguinte. Mas não falemos de coisas tristes, é domingo estamos em familia, estamos Vivos e estou Feliz por ter amigos como vocês, beijinhos, Guguinha
guguinha a 18 de Maio de 2008 às 13:20

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